Cronos em nós

Acordo e olho o calendário

num automatismo senil

independente do cronos

todo dia em mim

é dez de abril.

E denovo você renasce

com força

obriga o coração da moça

a ser servil.

Luto, resisto, me canso

a liberdade de nada sentir

não alcanço

a outros desejos me lanço

Olho para trás com desejo de me ver livre

alcanço uma pausa

da distância que tive

dá para sorrir até

mas, é só um instante de descuido

percebo os grilhões, os nós

que me atam ao teu pé.

Por fim

ao cansaço já não resisto

retorno ao velho vício

do início

desisto

Te reacomodo em mim.

Bárbara luiza Magalhães
Enviado por Bárbara luiza Magalhães em 24/06/2013
Reeditado em 28/02/2015
Código do texto: T4355943
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