PAID'ÉGUA DE BANQUETE
PAID'ÉGUA DE BANQUETE
ARMA A TUA PECONHA, SOBE MENINO,
TREPA NO AÇAIZEIRO, MAS SOBE SEM TE QUEBRAR.
TODO O CUIDADO É POUCO, POIS O TRONCO É FINO,
VENTO FORTE VENTANIA, FAZ PALMEIRA BALANÇAR.
TRAZ O CACHO DERRUBADO, PÕE NO TACHO PARA AMASSAR,
AÇAÍ DO CALDO GROSSO, LOGO, LOGO VAI JORRAR.
TRAZ DO POTE UM POUCO D'ÁGUA, PARA RENDER E AFINAR,
A PAID'ÉGUA IGUARIA, QUE É A CARA DO PARÁ.
SAI DO FORNO A FARINHA, PARA PODER ACOMPANHAR,
CAMARÃO, PEIXE- FRITO, OU A CARNE SECA JABÁ
VAMOS JÁ SABOREAR, COM O VINHO DO AÇAÍ,
DA RAINHA DAS PALMEIRAS, DA FLORESTA DO PARÁ.
OBRIGADO DEUS TUPÃ, MEUS GUERREIROS ANCESTRAIS,
ESSA GENTE, AMERÍNDIA, MESTRES CUCAS GENIAIS,
CRIANDO COM AS COISAS DA MATA, VARIADO SABOR SEM PAR,
NESTE PAI D'ÉGUA BANQUETE DO CABOCLO DO PARÁ.