Novas travessuras...

Se quero a sua presença?

É lógico, quem vai me dar atenção?

Todo mundo quer atenção para si,

O problema ou problemas, são as divisões,

Um pouco mais para lá, outro tanto para acolá,

O que vem para cá, vem assim diluída...

Será que você vai me querer?

Uma vez que anda pelas próprias pernas...

Longe de ser um estorvo, um incomodo,

Avessos a confusões, dissabores andam sobrando...

É o que mais tem sobrado, me sinto sobrando...

Ando sempre com a sensação de último escape,

Última opção, quando tudo o mais já falhou...

Vai longe uma maior disponibilidade de recursos,

Desses ando a caça também, de tão escassos,

Por conta de alguns fracassos & contas mal resolvidas,

Lamentavelmente, palavra dada é artigo de luxo,

Hoje em dia, se puderam, dão um bonde a cada momento,

Mas o mundo sempre dá volta, como dá...

Ando em falta de tudo & pouco tenho...

Além de lembranças, tralhas & livros,

Que juntos requer um certo espaço, mesmo amontoados,

Pareço um coração choroso, de fato nada pelas tampas,

Porradas foram tantas, que os hematomas ficam a vista,

Insatisfações generalizadas, falta de apreço & outros quetais,

Trabalhos paralisados por muito tempo, triste tempo,

Experiências desvalorizadas, jogadas no lixo,

Assim de uma hora para outra, sobraram divergências,

A mão mais trêmula por sempre receber não na cara,

Falsos valores imputados para diminuir oportunidades,

Sobrando gula para alguns poucos é certo...

Excessos de contingentes para vagas escassas,

Bem, o barco continua andando...

Virando para onde o vento sopra,

Velas ainda remendadas, a nau precisa de reparos,

Tão urgentes como a atenção que procuro...

Trabalhos miúdos é o que tem restado,

Portanto os recursos são espremidos,

As reclamações sempre voltam de viagem,

Por mais que se faça para melhor tudo,

Por mais que se faça...

Nunca satisfaz a contento, sobram reclamos,

De repente, nem retorno mais terá,

Partidas encerradas em razão do tempo

Fisga o peito as dores de perdas, ficam os danos,

Contingências novas, novos rumos, arrumações,

Às vezes é melhor assim, evita maiores traumas,

Mas de repente, você pode não me quer,

Bem isso também é provável, pode acontecer,

Bem, o que fazer?

Tocar em frente de qualquer jeito,

A liberdade tem que ser respeitada,

Muitas coisas são postas em jogo,

Dos sentidos aos sentimentos, liberdades,

Esse ir & vir sem ter que dar satisfação,

Os enroscos que permeiam tantos enroscos,

Situar-se em posições divididas, são pessoas,

Quando o sentir é muito forte & aproxima,

Qual o compromisso a ser formado?

Olhar a noite, sonhar solitário, chorar...

Por vezes até...

Muito melhor que não fosse assim,

Mas se tiver que ser, segue o enterro,

Pelos tempos de esperas, tempos de paciência,

Aquilo que distancia também aproxima mais,

Risca & o amanhã ainda será traçado...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 03/04/2007
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