Das Mãos Pequeninas

Por doces longos anos, te acariciei...

com esse meu olhar, que têm mãos tão pequeninas,

como as chuvas de lágrimas que não chorei

nas solitárias noites que choraram neblinas.

Conheço cada centímetro do seu olhar...

os porões, onde oculta os seus pensamentos;

e o brilho, quando esquece de ocultar...

que são como dois sóis, nas manhãs desses momentos.

E, agora, quis de volta as minhas carícias;

pois, na verdade, só havia te emprestado...

mas, você, que não tinha me acariciado

de repente, me enche de sonoras delícias;

e em silêncio, muito mais que deliciado,

ouço suas palavras (já não mais fictícias).

24-06-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 24/06/2013
Reeditado em 10/12/2015
Código do texto: T4355779
Classificação de conteúdo: seguro