SALA DE ESPERA
SALA DE ESPERA
Na sala de espera
É sempre longa a espera
A hora não passa
O relógio fica preguiçoso
Os ponteiros parecem não avançar
A preocupação é a ocupação
O procedimento por mais simples que seja
O temor almeja
A leitura é mecânica
Não distrai
Não abstrai
Todos na sala tensos
Apensos
O entra e sai se sobressai
A cada movimento da porta vai e vem
A sala se agita
Fica aflita
E volta o estupor
Finalmente, lá vem ela
Como sempre, bela
O coração agora bate aliviado
Ela está de novo a meu lado
Um até logo aos que ficam
Um felicidades
Mas os rostos continuam tensos
Como se fosse novidade