SALA DE ESPERA

SALA DE ESPERA

Na sala de espera

É sempre longa a espera

A hora não passa

O relógio fica preguiçoso

Os ponteiros parecem não avançar

A preocupação é a ocupação

O procedimento por mais simples que seja

O temor almeja

A leitura é mecânica

Não distrai

Não abstrai

Todos na sala tensos

Apensos

O entra e sai se sobressai

A cada movimento da porta vai e vem

A sala se agita

Fica aflita

E volta o estupor

Finalmente, lá vem ela

Como sempre, bela

O coração agora bate aliviado

Ela está de novo a meu lado

Um até logo aos que ficam

Um felicidades

Mas os rostos continuam tensos

Como se fosse novidade

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 24/06/2013
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