# FUGINDO DA SOLIDÃO

Não bastasse a nostalgia a invadir minhas noites.

Tenho no frio da madrugada o companheiro cruel,

a deixar distante o calor de suas carícias.

A esquecer seus afagos doces como mel.

Sumiu e apareceu em outros braços. Recolhi.

Os restos de um amor que quebrou. Padeci.

Não tenho olhos a mais ninguém. Desiludi

Desde então vivo a vaguear solitário por ai.

Das Dolores, Marias e Constâncias pelo caminho.

Ficou o fantasma de um romance a me assombrar

Eclodiu a pedreira do meu coração algo mesquinho,

Foi o fim de noites de amor, suaves ao luar.

Não bastasse ser prisioneiro do mínimo que pediste

alcançando o máximo sem qualquer esforço. Declino.

Não tendo eu ares mais moços. ou feito joviais esboços.

peregrinar por ai Esse então passa a ser meu destino.

Como então em malabarismos contorço e faço?

Para novamente ser dono dos seus abraços.

A mim que nunca me imagino ou me vejo.

deliciando em outras bocas outros beijos.

Desenhou em você uma mulher sem coração.

E me restou uma vida vazia. Sem emoção.

e assim sinto que os anos em mim passarão.

e capengo sem rumo. Fugindo da solidão.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 23/06/2013
Reeditado em 01/06/2021
Código do texto: T4355161
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