# FUGINDO DA SOLIDÃO
Não bastasse a nostalgia a invadir minhas noites.
Tenho no frio da madrugada o companheiro cruel,
a deixar distante o calor de suas carícias.
A esquecer seus afagos doces como mel.
Sumiu e apareceu em outros braços. Recolhi.
Os restos de um amor que quebrou. Padeci.
Não tenho olhos a mais ninguém. Desiludi
Desde então vivo a vaguear solitário por ai.
Das Dolores, Marias e Constâncias pelo caminho.
Ficou o fantasma de um romance a me assombrar
Eclodiu a pedreira do meu coração algo mesquinho,
Foi o fim de noites de amor, suaves ao luar.
Não bastasse ser prisioneiro do mínimo que pediste
alcançando o máximo sem qualquer esforço. Declino.
Não tendo eu ares mais moços. ou feito joviais esboços.
peregrinar por ai Esse então passa a ser meu destino.
Como então em malabarismos contorço e faço?
Para novamente ser dono dos seus abraços.
A mim que nunca me imagino ou me vejo.
deliciando em outras bocas outros beijos.
Desenhou em você uma mulher sem coração.
E me restou uma vida vazia. Sem emoção.
e assim sinto que os anos em mim passarão.
e capengo sem rumo. Fugindo da solidão.