De Todos Os Olhares

Os mil e um olhares que coloquei sobre o seu,

morreram, quando nasceu (como nasce onda nos mares),

o olhar dos meus olhos pares (olhar que não é meu)

que (feito onda) cresceu...e, de um, se fez em milhares.

Quando te vejo, agora, o tempo é como lente

que ao te ver (de repente) de dentro de mim, aflora...

e vê, nessa mesma hora (como um clarividente)

que uma (somente) nos meus milhões de olhares, mora.

Hoje a serenidade lubrifica meu olhar;

e posso lubrificar a antiga ansiedade

com essa tranquilidade que não sabe me cegar;

e, apenas, quer enxergar a seca realidade;

com toda a umidade que o amor possa dar...

e quando te olhar, me irrigar de felicidade.

23-06-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 23/06/2013
Reeditado em 10/12/2015
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