Meu Protesto.
Êta povo meu sofrido
Mesmo sendo aguerrido
Não são nunca os primeiros
Tem gente maliciosa
Que compara este povo
Como um bando no curral
Êta gente mais cheirosa
Que de santa não tem nada
Mas recebem oração!
Virgem com buraco oco
Quase sempre em seu toco
A explorar essa nação!
Êta gentinha mais formosa
Estão sempre em uma prosa
Prosa sempre fervorosa.
Falam de todos os assunto
Rançam da cova até defunto
Que morreu sem funeral!
Passam a limpo seu passado
Que de limpo não tem nada
A não ser o vestuário
Tem fala de Brasileiro
Mas tem nojo do terreiro
Onde o povo tem ação!
E olhe que neste povo tem nascido até doutores
Mas dou Graças aos professores
Que dão suas vidas para nação.
Sempre espero as melhoras
Que nunca chegam na hora
Por culpa das condições .
Fico alerta na procura
Pois desperta a loucura
Da justiça e razão
Tem que ter coração forte
Porque a morte
Ronda este torrão!
Temos bela juventude
Que de brava quase se ilude
Que chegou a salvação!
Santo Cristo olha isto!
Temos novos artifícios
Parra novas enganações
Já passou quinhentos anos
Já matou muitos de fome
De torturas e prisões .
Acorrentam o destino
Faz minguado os meninos
Que do povo nascem em vão
Com mascaras de bonzinhos
Fazem acordos caladinhos
De vender esta nação.
Oh Deus dai o livramento
Aos poetas do momento
Para eles cuidarem da nação!