Lamparina
Declina sua claridade ambarina
Nas chamas do amanhecer
Sem querosene fecha os olhos
Do poeta que agora vai adormecer
Ele e a sua lapiseira
Na maior canseira
Mortos de sonos
 
Mas os poemas com olor
De pestanas queimadas
Bordas chamuscadas
Ficam de olhos abertos perplexos
Com aquelas declarações
De amor
 
Clareados pela luz da aurora
Que entra pelas frestas das cortinas
Iluminando as retinas
Que se fascinam com aqueles acordes
De versos
Alguns inacabados
Outros completamente apaixonados
 
Como pode um bardo madrugado
Sob as chamas de uma lamparina
Deduzir tantas rimas de um amor
Fracassado.
 
             
                     Luiz Alfredo - poeta
 
 
 
 
luiefmm
Enviado por luiefmm em 22/06/2013
Código do texto: T4353947
Classificação de conteúdo: seguro