LEMBRANÇAS DE UM AMOR...
Lembranças do gosto doce, mélico
dos teus beijos, idas saudades
as trocas de olhares maliciosos
sobejavam, remanesciam férteis
despudorados pensamentos
nos cobriam de puras lascívias
o corpo falava, o que a alma sentia
éramos a fusão, do concavo e convexo
juntos o tempo parecia inerte, estático
longe, a ânsia da pressa, a hora que não vinha
amor, que na calidez mágica do abraço
infinitos se abriam, equinócio se prostrava
éramos um só corpo, uma só alma
o que principiava, eram como poesias...
em versos a distância apartou
o que era doce e méleo, amargou
a fertilidade que era perene
como um rio em terra árida, secou
a imaginação do gostoso pecado,
em heresias subjugadas encerrou
o que abundava fervor, esfriou
o que era feliz, acomodado ficou...
amor que pairava, o tempo levou
deixando um vazio, saudade do amor...
Romulo Marinho