Não te acordes, poesia...
Agora que estás tão quieta,
que dormes esse sono sem palavras,
deixas meus pulsos inexperientes
descansarem de tuas ilusões,
deixas meus dedos voarem
nessas telas tão minhas,
quais nuances há muito não toco
... deixas-me mudar o foco...
 
Não precisas vir tatear-me o fundo,
ficas um pouco mais contigo,
teus desejos amanhecidos
sugam o meu deserto mundo
 
Não te acordes, poesia...
sonhas com outro peito,
que já faz tanto tempo
que sonho o teu sonho,
que esqueci de olhar pra frente,
esqueci como é ser gente,
sempre tão ausente de mim,
vestida de tua utopia...

 
 
Deixes guardados os sentimentos,
por favor, não venhas remexer
nessa carência de tudo que sinto...
-  Já dói tanto tentar viver  -
 
 

 


Ao som de:




Denise Matos
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 20/06/2013
Código do texto: T4350316
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