Quem é tu?

Quem és tu? Perguntas!

Amuo, e não respondo.

Bate-me fundo a questão…

E passo a perguntar-me…

Se me conheço tão profundo

Que na razão possa mostrar-me

Sem originar discussão!

Quem sou afinal!?

Serei pessoa decente…

Ou apenas humano carente

Que tem alma e sente

Um carinho especial?

Serei grão de areia deste abismo

Que se perde por um cadilho

Sem ermo, num simples esmo

Derivante, na galáxia do sofismo!

Quem sou!?

Serei uma migalha de gente…

Mas convicto do que sente!

Num sentir em tudo diferente

Sem que seja indiferente…

Ao que se passa no presente

E ouve o coração, que não mente

E tudo… pressente!

Serei, apenas alguém…

Que não sabe, nem quer

Estar incólume na vida, sem sofrer

A dor de amar, mesmo no desdém!

E nessa dor maior, querer

Da vida que se exala, renascida

Tudo apreender, no aprender

Em cada amanhecer, da noite vencida!

Tenho tanto para ser…

E não sou o que posso… querer!

Que serei eu!?

Não sei dizer-me!

Um dia… hei-de conhecer-me…

Saberei então… que(m) sou…

Apenas… “EU”! (s.m.)

Desconhecido
Enviado por Cida Camilo em 19/06/2013
Código do texto: T4349773
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