Não há quem adivinhe
No som incessante dos dias
O grão imóvel do eterno silêncio.
Silêncio
Inevitável sinônimo
De desesperar quieto
De não mais esperar o amor negado
Cega imobilidade que nos sangra.
Há quem pense ávido
Que viver é falar e dizer o que se sente
Embora a incompreensão
Do outro que sonhamos parceiro
Nos dê tão só o silêncio dormente.
Há quem pense, sempre haverá
Mas poucos sabem
O que nunca se sabe
Nem se saberá.
Nunca será varado este silêncio
Que não sabemos pressentir...
Ruidosos, inocentes, erguem a voz
Em hinos de louvor e loucura
Enquanto a alma, semente ignota
Que perdura
Prova a quietude ancestral...
Deus, ó Deus,
Livrai-nos deste silente mal.
No som incessante dos dias
O grão imóvel do eterno silêncio.
Silêncio
Inevitável sinônimo
De desesperar quieto
De não mais esperar o amor negado
Cega imobilidade que nos sangra.
Há quem pense ávido
Que viver é falar e dizer o que se sente
Embora a incompreensão
Do outro que sonhamos parceiro
Nos dê tão só o silêncio dormente.
Há quem pense, sempre haverá
Mas poucos sabem
O que nunca se sabe
Nem se saberá.
Nunca será varado este silêncio
Que não sabemos pressentir...
Ruidosos, inocentes, erguem a voz
Em hinos de louvor e loucura
Enquanto a alma, semente ignota
Que perdura
Prova a quietude ancestral...
Deus, ó Deus,
Livrai-nos deste silente mal.