Na memória da pupila,
ainda estilhaçava aquele céu 
... ainda doía aquela vírgula
dependurada em seus silêncios... 
Lembrou-se das carícias,
da suavidade da voz,
e tantos outros detalhes

embalados em deliciosos sorrisos
 ... Inspirou profundamente... 
e entre um rasgo de solitude
e um facho de esperança,
permitiu-se mais um poema...
Não apenas desfilou seus ensaios,
fez queimar tétricos espaços
recendidos de cravos e sândalos...
( ... inspirou uma vez mais,
                             agora lentamente... )
Nunca se vira tão frágil,
não pensou ser tão imperfeita
Curvou-se ante as letras,
e sentiu os sonhos derreterem,
quando a íris do verso chorou...

 

 



...



Denise Matos
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 19/06/2013
Código do texto: T4348862
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