Versos Perdidos

Escrever para mim é terapia,

Quisera ter o dom de transformar

A palavra em rimas de alegria

E ao mundo poder gritar

Eu também sei fazer poesia.

Mas não sou Pessoa, Clarice, Neruda,

Drumonnd, Bandeira ou Cecília,

Que nos fazem viajar em seus mundos

Rir quando queremos chorar

E às vezes chorar de tanta alegria.

Como queria escrever agora

Aquilo que se passa em meu interior

Por não conseguir, o verso se desfaz.

E a poesia que em mim brotava

Foge do lápis, para o papel não volta mais,

Morre, desaparece, vai embora.

Os versos perdidos no tempo,

Assim como um amor de verão

Evaporam-se como espumas do mar

Deixam vazio meu coração

Pois sei que eles não vão voltar.

Sento. Espero. Levanto. Tento.

Nada. Não voltam. Lamento.

Não me pertencem mais

Foi para algum lugar

Onde a palavra não o alcançará jamais.

Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 02/04/2007
Código do texto: T434868
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.