Tempo de Incertezas
A casa ainda efêmera de cores
sem destino clama pelo altar
sem repicar sons sem eco,
em desatino a ironia se fere
ao caminhar em passos curtos
abre-se o palco e descortina
pobres nas lajotas empoeiradas
sem coerências padece ao rever
cortinas nas janelas sem cor vêm a dor
que aflora no negro inconsciente.
Ao arrastar o manto na noite
nos muros de amiantos nas pedras
o tédio nessa hora conduz a ilusões
no relampejando das memórias pueris
quando o sol era plena planície dourada
no eco em dor na fragilidade
o vento engasgado em dança lenta
sofre a sombra dos madrigais
neste tempo em que tudo acontece .
gerando somente incertezas nos jardins...
IáraPacini