Desvanecido
Aquarelas desbotadas
sulcos de tinta invertidos
nas telas do destino
abismos de cinza
A resistência do tempo
não conserva o vigor de outrora,
nem apaga as manchas de dor
Elas eclodem na sutileza do verbo
E nas imagens não removidas pela luz
-Apenas permanecem inertes –
Esperando um olhar, um sentir
-Menos resiliente –
Para dar seu golpe perverso
Nas multicores úmidas
O pranto rompe
E a vida suspende suas memórias
-jubilosas –
Luto das reminiscências ímpias
-procurando quebrar casulos –
Para pintar novos arco-íris
18/06/2013