Ações sem danos!
No caminho da desigualdade, para formar mais párias,
Acúmulos que o tempo sobrecarrega, nada se leva,
Ah! Mas meu trabalho é esse, espoliação deslavada,
A vidraça que se atira é sempre a dos outros, sempre...
Banqueiros que dilapidam desbragadamente a todos,
O Toninho falou uma vez, como pode banco ganhar tanto,
Ou até mais, de quem produz alguma coisa?
Depois também abriu um banco... Banqueiros...
Mira o que se paga pela poupança, é ridículo,
Mas aí não tem risco, e precisa ter?
Mas ninguém anda fazendo poupança & os juros andam baixos,
Quando foi que a poupança realmente foi um grande investimento?
O risco para ganhar dinheiro, fica a bel-prazer de quem?
Banqueiros... Sim, sempre eles, os empresários vão atrás...
Situações privilegiadas, armações privilegiadas, contatos,
Contratos & mais contratos, algumas doses de whisky...
Depois vão reclamar da marginalidade, da violência...
Mas quem acaba fomentando tudo isso?
No passado & no presente, conhecimento zero sempre,
Para continuar tocando o admirável gado novo...
Polítikos reclamam da polítika, mas não abram mão de nada,
Outra síndrome também adquirida, presa com unhas & dentes,
Para bem servir, ser bem servido, mira que abundância...
Um pouco de pão & circo vai segurando a onda aqui & ali,
Bem, mas a tal poupança, vira suco como caído do andaime,
A sorte bate no lado reverso, cismas & contemporaneidades,
Assim vem alguma filantropia goela abaixo nos extremos,
Tampando o Sol com a primeira peneira que encontrar,
Das escolas poucos saem para alguma coisa, bem poucos,
Alguma coisa para fazer nem tem, acabaram com os aprendizes,
O contínuo virou aposentado, pois este não paga condução,
Fila para os especiais, para as grávidas & deficientes,
Justo, muito justo, tudo muito justo, mas sobram os jovens,
Como sobram, vários, muitos, milhões, vagando por aí,
Quem estende a mão?
Sobram milhões de veteranos, 40, 45, 50 anos, como sobram,
Se tiver alguma coisa, vai diluindo-se a cada ano, sempre...
Sobram vontades, tantos sonhos, tantos anseios, falta tudo,
No volume, sempre mais exigências, mais isso & aquilo,
Bem, mas a tal poupança, quanto está pagando mesmo?
Bem, será que vai ter mão para estender?
Água, calor, estufa, buraco aqui & ali, caiu o dólar,
Não acelera o crédito com medo da inflação, mas tudo aumenta,
Mas não tem inflação, ela está baixa, tão baixa,
Efeito isso, efeito aquilo, defeito daquele outro, defeito geral,
Generalização imediata de tudo, pasmaceira irrestrita,
Sobram oportunistas, golpistas, vigaristas & famintos...
Qual será o próximo apagão?
Bem, mas a tal poupança...
Quem será o próximo a estender a mão?
Vai faltar lugar na calçada...
Peixão89