pelo ruído do gelo que acomoda a chuva
pela ruptura do que era estar em paz
pelo sossego apertado... ruindo o uivo
esperando a ausência,
que fosse ‘ela’ uma breve canção nos traços de uma gaita
plantada onde não se pode colher...
desafie enfim, a roupa a libertar-se dos alicerces da pele
como um passeio pelo campo ensolarado
quando já não procura pelo ar... o ar que restou
deixa viver a paz
aquieta o ruído do gelo
acomoda a chuva pelos degraus do peito
veste agora a saudade pálida de cada momento
a que escorre, procura e nos mantém juntos
dorme em meus braços, então.