pelo ruído do gelo que acomoda a chuva

pela ruptura do que era estar em paz

pelo sossego apertado... ruindo o uivo

esperando a ausência,

que fosse ‘ela’ uma breve canção nos traços de uma gaita

plantada onde não se pode colher...

desafie enfim, a roupa a libertar-se dos alicerces da pele

como um passeio pelo campo ensolarado

quando já não procura pelo ar... o ar que restou

deixa viver a paz

aquieta o ruído do gelo

acomoda a chuva pelos degraus do peito

veste agora a saudade pálida de cada momento

a que escorre, procura e nos mantém juntos

dorme em meus braços, então.

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 17/06/2013
Código do texto: T4346066
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.