Aqui dentro...

Aqui dentro...

o tempo, entre os meus muros,

parece ser meu revés...

Tanto a fazer pelo mundo,

e o tempo a atar-me os pés...

Na rua, transeuntes que não me veem,

como se fora eu, opaca imagem...

Seguem arrastando tristezas,

perdidos no tempo que urge...

Nas sombras perdidas,

vagantes e inquietos corações...

O mundo acomoda-se

ao que não sabe,

ao que não busca,

ao que não sai à procura...

E nesse redemoinho do tempo,

meus sentimentos travam batalhas

com a escravidão do relógio

onde o tempo não para...

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 17/06/2013
Reeditado em 17/06/2013
Código do texto: T4345856
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