viuva negra

A flor de garras

Negras,

Consome meu peito

E como uma draga

Me come a carne

Entrelaça minhas veias

E me torna juazeiro

Grande e forte, quente

Como janeiro

Na cozinha da minha

Vida,

Fenece de podre

A pobreza de ser menino

as frutas que, ontem, eram

doces

Hoje, murcha, consumida.

Singro o tempo, cavoucando

Fazendo da enxada um veleiro