TEMPO VAGABUNDO

O tempo é perverso

Ah, como ele é perverso

Para os que se amam

Com os ponteiros contados

Diante da tela da paixão

Corpos entregues, carinhos trocados

Desejos, sonhos, amor

O tempo é criança espevitada

Que não fica parada

E corre a riscar pelas paredes

Versos de solidão

Com rimas ricas em dor

Diante da tela da agonia

Corpos separados, distância acordada

Saudade, tristeza, poesia

O tempo é moribundo

Que caminha com seus passos lentos

Ponteiros sem força

Lentidão triste de ver

Relógio vagabundo

Que se recursa a trabalhar

E impiedosamente

Me separa de você.

JOÃONINGUÉM
Enviado por JOÃONINGUÉM em 17/06/2013
Reeditado em 17/06/2013
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