O bolero das Rosas

Não, minha rosa não perde tempo

Brigando com cravos

Ela cantarola os mais belos boleros

Na voz de Tânia Alves

E dança no meu jardim

Nas pontas dos pés

Para não acordar os bons costumes

Nós rubras, lunáticas

Bailamos linda e silenciosamente com o olhar

Para não assustar os pombos

Que se julgam limpos, morais

Mas transmitem tantas doenças

Cegueiras dos olhos e das almas

Infecções que só o amor desfaz

E nossas pétalas molhadas

Vermelhas se confundem ,

Se perdem... se acham...

Nas portas do ceú

Nossos espinhos acariciam

E seduzem todo o corpo

Nesse dois pra lá... dois pra cá...

Colhido por Ravel.

JOÃONINGUÉM
Enviado por JOÃONINGUÉM em 17/06/2013
Reeditado em 17/06/2013
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