Tempo

A hora ansiada na lua

Sem tempo marcado

Na noite é sentença

Simples quase inexistente

De nudez das estrelas

Delicados fios escuros

Que incinera essência

Dos desafetos acumulados.

É tempo sem cura

Ao toque do relógio

O amanhecer na nostalgia

Sempre é mascarado

Dores sem cores

Que oculta a saudade

Deixada no portal

Sem química cansada.

Visceral distúrbio na alquimia

Ao renascer pelos poros antigos

Nas águas que corre se revela

Nas veias de meu corpo

Presente do antigo sol

Que revitaliza energias

Sinergias ao estremecer saciam

Entre porta janelas abertas.

A mesa à luz de vela

Com seu pulsar febril

Íntimos momentos quentes

É a música que se apaga na dor

Á tua espera se manifesta.

Em cada gota da taça

De amor urgente fareja

No quintal ao alvorecer

IáraPacini