Travessia de um ilusionista

No meu pensamento

a rima das cores faltosas

não encontra palheta que descreva

o fundo de minha memória

d´alma antiga

mendigada

por restos de sonhos dispersos

Canto de entre-vidas

sopram ilusões nas brisas-tardes

É vão o mover da realidade cênica

aquém do que possa a ninguém enganar

E engana

Com tanta gana que incita

a leviana turba

comprazer-se em dionisíacas esperanças ocas

A quem serve o fim de todas as coisas,

aradas em terras indefinidas

se em prantos postergas

o grito do sol abstrato?

Faço com a verdade

o que faço com as minhas cores invisíveis

Cama de fogo

queima meu descanso final

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 18/08/2005
Reeditado em 18/08/2005
Código do texto: T43448