Travessia de um ilusionista
No meu pensamento
a rima das cores faltosas
não encontra palheta que descreva
o fundo de minha memória
d´alma antiga
mendigada
por restos de sonhos dispersos
Canto de entre-vidas
sopram ilusões nas brisas-tardes
É vão o mover da realidade cênica
aquém do que possa a ninguém enganar
E engana
Com tanta gana que incita
a leviana turba
comprazer-se em dionisíacas esperanças ocas
A quem serve o fim de todas as coisas,
aradas em terras indefinidas
se em prantos postergas
o grito do sol abstrato?
Faço com a verdade
o que faço com as minhas cores invisíveis
Cama de fogo
queima meu descanso final