QUEM DERA

Tomara que as horas urjam

em transgressão à marcação

dos ponteiros dos relógios

Sádicos ponteiros...

Em masoquismo atroz

pouco aproveitam do

instante em que se alinham

não se tocam, apenas se olham

alimentam-se desse olhar

em total solidão

Quem dera saíssem do eixo

rasgassem as normas

perdessem o rumo

entregando-se á paixão

Saberiam como dói - AH como dói!

Contar horas, minutos, segundos...

Momento perverso que

teima em não chegar

nem bem chega, vai embora

levando consigo o meu AMOR

Com um sorrisinho perverso

caminham lentamente, um passinho

atrás do outro. Saboreando o

meu sofrimento por essa

saudade que me corrói.

Iris Rago
Enviado por Iris Rago em 16/06/2013
Reeditado em 17/06/2013
Código do texto: T4344728
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