QUEM DERA
Tomara que as horas urjam
em transgressão à marcação
dos ponteiros dos relógios
Sádicos ponteiros...
Em masoquismo atroz
pouco aproveitam do
instante em que se alinham
não se tocam, apenas se olham
alimentam-se desse olhar
em total solidão
Quem dera saíssem do eixo
rasgassem as normas
perdessem o rumo
entregando-se á paixão
Saberiam como dói - AH como dói!
Contar horas, minutos, segundos...
Momento perverso que
teima em não chegar
nem bem chega, vai embora
levando consigo o meu AMOR
Com um sorrisinho perverso
caminham lentamente, um passinho
atrás do outro. Saboreando o
meu sofrimento por essa
saudade que me corrói.