Faz tempo que meu pensamento não trabalha
e que este meu pobre coração só atrapalha
de amor qualquer coisa que valha
justo o que não calha de ser fogo de palha,
que torna a vida essa imensa floresta em chamas.
Faz tempo que este coração ama despercebido,
ama iludido até sem saber que iludido ama
o que sofrido ama assim quase sem querer.
Maldito coração, eu digo, que ama o que não crê,
que ama justamente tudo aquilo que não pode ver,
um mistério, uma deusa, tudo o que a beleza pode ser,
no sonho de uma mulher que ainda nem viu nascer.
Faz tempo que este poema encalha e escancara
tudo aquilo que nem posso mais tentar esconder
e que sempre me escapa no grito terrivel que enrosca
bem num nó que há na garganta.
Faz tempo que tudo em mim morre tão de repente
quando a Lua se vai e quando o Sol se levanta
quando em mim nada canta, não, nada canta,
a não ser o medo de sempre que me desencanta
e que me espanta desde a primeira vez que te vi
e me assombra justo este medo de te perder.
Faz tempo que só aprendi aprender a te querer.
Faz tempo que sinto saudades de ainda ontem,
teus olhos, os teus olhos, o teu rosto, o sorriso,
e o tanto que há nessa tua beleza que é tanta,
que há tempos eu não via, não sentia, não sabia
e que agora em meio a essa minha tanta teimosia
é dentro do pouco que tenho tudo o que me encanta.
e que este meu pobre coração só atrapalha
de amor qualquer coisa que valha
justo o que não calha de ser fogo de palha,
que torna a vida essa imensa floresta em chamas.
Faz tempo que este coração ama despercebido,
ama iludido até sem saber que iludido ama
o que sofrido ama assim quase sem querer.
Maldito coração, eu digo, que ama o que não crê,
que ama justamente tudo aquilo que não pode ver,
um mistério, uma deusa, tudo o que a beleza pode ser,
no sonho de uma mulher que ainda nem viu nascer.
Faz tempo que este poema encalha e escancara
tudo aquilo que nem posso mais tentar esconder
e que sempre me escapa no grito terrivel que enrosca
bem num nó que há na garganta.
Faz tempo que tudo em mim morre tão de repente
quando a Lua se vai e quando o Sol se levanta
quando em mim nada canta, não, nada canta,
a não ser o medo de sempre que me desencanta
e que me espanta desde a primeira vez que te vi
e me assombra justo este medo de te perder.
Faz tempo que só aprendi aprender a te querer.
Faz tempo que sinto saudades de ainda ontem,
teus olhos, os teus olhos, o teu rosto, o sorriso,
e o tanto que há nessa tua beleza que é tanta,
que há tempos eu não via, não sentia, não sabia
e que agora em meio a essa minha tanta teimosia
é dentro do pouco que tenho tudo o que me encanta.