O SONO
Os olhos pesam sobre uma saudade
Que me rouba o travesseiro
Já não consigo racionalizar nenhum verso
Tudo é embebido de sono
É tão controverso
É o avesso do reverso
O inverso do chá da lucidez
Entrego o meu corpo
A um leito perfumado com o cheiro dela
O aroma da embriaguês
E minha alma?
Esta permanece acordada
Solta numa pseudo liberdade
Caminhando no bazar dos sonhos saltitantes
Que ao fechar-lhes as portas
Pulam felizes pela janela
Rumo à felicidade.