O Caldo do Feijão

a panela de pressão

zumbia feito

inseto furioso

a tinta fervente

escorria pelas bordas:

roxo berinjela

azul do mar

um quê de pez

um raio de brilho

simples

Feijão Preto

para almoço e janta

coisas à espera, tanta

o inverno cinza

se amenizava

por aquela

fonte de calor:

a panela de pressão

tanta tensão

de possibilidade

agora

Memória,

tanta

e no fundo do tacho

Esperança

que não morre

...e o Feijão

cozinhava em sessenta

paus que ardiam.

Leonardo Lisbôa

Poemas para Ange

Lo.

Barbacena, 29/05/2012.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 16/06/2013
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