A Estátua
Ando me condenando
A uma solidão perpétua
Aquela que só cabe ao mármore
Da mais fria estátua.
Ando sendo envergonhado
Pelo meu espelho de manhã;
Ele diz: De que serve o sorriso
Sem a mente sã?
E não choro mais de dia,
Pois não merecem ver os vivos
Aquilo que só a agonia
Acalanta nos cativos.
E não rendo mais o meu canto
Aos ouvidos da humanidade
Rara será minha voz
Num mundo de santidade...