A Estátua

Ando me condenando

A uma solidão perpétua

Aquela que só cabe ao mármore

Da mais fria estátua.

Ando sendo envergonhado

Pelo meu espelho de manhã;

Ele diz: De que serve o sorriso

Sem a mente sã?

E não choro mais de dia,

Pois não merecem ver os vivos

Aquilo que só a agonia

Acalanta nos cativos.

E não rendo mais o meu canto

Aos ouvidos da humanidade

Rara será minha voz

Num mundo de santidade...

Izaías Serafim
Enviado por Izaías Serafim em 15/06/2013
Código do texto: T4343579
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