ANDALUZIA
Encantas e assustas, Andaluzia
Com tuas montanhas rudes e imponentes
Cravada no berço da Serra Nevada
As águas de ti correm em aragem fria
São lágrimas de teus descendentes
Na mágica bacia ardente de Granada
Tens ares de nobreza arisca
Tu que és moura de fina flor
Colhida em férteis vales de longevidade
Bordada de cerâmica mourisca
De amendoeiras e do olival tens o sabor
Vega de maior brilho e civilidade
Oh, amada Paloma Blanca
Na peregrinação da Virgem do Rocio
Guardada desde a ermida tu estancas
A fecundidade do orvalho sadio
Abençoaste as terras de Almonte
Com amor cingiste as casas brancas
De ti ouço guitarra flamenca, Sevilhana
Tal qual na Plaza Mayor após a siesta
E nos terraços Del Salvador as bulerias
Sapateando a dança no bairro Tirana
Em Córdoba bailas espanhola em fiesta
Trago em mim o quente de ti, Andaluzia!
Dalva Molina Mansano