Das tavernas escuras que me encontro...

Das tavernas escuras que me encontro

Ouvindo lamentos sorrateiros

De tantas canecas esvaziadas

Nada é mais calmo do que a solidão

Passantes esbarram nas mesas

Esbravejam pela falta de sorte

Aplacam suas iras de vidas vazias

Entornados entre tantos porres

Em meio aos bebericos

Acetinando a alma solitária

Voz ganha a lembrança

O amor que agora me dista

Velames esperam a partida

Entre as náuseas dos desembarcados

Tantas esperanças sentidas

O voltar a terra prometida

Guardo em finas lembranças

O adocicado de teus beijos

O brilho intenso do olhos

O aroma fremente do teu corpo

Saindo desta taverna escura

Diviso a nau em prontidão

Arrulhos e embrulhos levantados

Vou partir em breve coração

A contar os dias de mar aberto

Tantas estrelas, noite e Lua

Nesse regressar tão esperado

Em rever tal sorriso solto

Louca firmeza põe velas ao mar

Já sinto até o teu abraço!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 18/08/2005
Código do texto: T43435
Classificação de conteúdo: seguro