Das tavernas escuras que me encontro...
Das tavernas escuras que me encontro
Ouvindo lamentos sorrateiros
De tantas canecas esvaziadas
Nada é mais calmo do que a solidão
Passantes esbarram nas mesas
Esbravejam pela falta de sorte
Aplacam suas iras de vidas vazias
Entornados entre tantos porres
Em meio aos bebericos
Acetinando a alma solitária
Voz ganha a lembrança
O amor que agora me dista
Velames esperam a partida
Entre as náuseas dos desembarcados
Tantas esperanças sentidas
O voltar a terra prometida
Guardo em finas lembranças
O adocicado de teus beijos
O brilho intenso do olhos
O aroma fremente do teu corpo
Saindo desta taverna escura
Diviso a nau em prontidão
Arrulhos e embrulhos levantados
Vou partir em breve coração
A contar os dias de mar aberto
Tantas estrelas, noite e Lua
Nesse regressar tão esperado
Em rever tal sorriso solto
Louca firmeza põe velas ao mar
Já sinto até o teu abraço!
Peixão89