FLOR DE VENTO

Neste vasto universo das coisas,

Sou mínima, quase nada,

Sou um risco na areia do tempo,

Que se apaga com o sopro da brisa.

Arrisco-me, em todos os tempos,

Abasteço-me de todo invento,

E deixo levar com o vento,

Minha antiga aspiração.

Mas o tempo é tão ligeiro,

Nem um pouco companheiro,

Não responde, nem espera,

E não vê minha aflição.

É por isso que meu grito,

Tem um nome, tem um eco,

Que ocupa todo tempo

Um espaço sem multidão.

Luz Miranda
Enviado por Luz Miranda em 15/06/2013
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