Ave chuva

Na chuva que cai

A água me chama a sentir sua queda

Uma singela e humilde entrega

Do corpo molhado que vai

Na chuva intensa da noite fria

Quem pensa, dispensa alegria

O sol traz sensação de morada

Terna e fiel cúmplice do dia

O frio no brio da noite

Úmido ser, de olhos brilhantes

Pedantes, aos que fogem do sonho

Molhar-se do presente, aqui proponho

E a chuva que nunca faz curva

Vem como brasa, do fundo do céu

Lição de objetivo, direto e preciso

Molhar, renascer, criar-se ao léu