A DANÇA DOS MORTOS...

Em seus túmulos reviram-se Impotentes soltam urros, é o máximo que podem

A lembrança da casa,da família,do amor,da vida,corrói

O sangue gélido que corria nas veias,faz falta

Pelo menos isso

Era o único sinal de vida existente

Há muito a carne apodreceu

Comida de vermes

Cadáveres reivindicam o seu lugar

Os túmulos não os acomodam

A saudade da vida revigora a vida podre

Podre vida que se vive

Mentes vazias dominam a cena

Impropérios são ditos,nada acontece

A loucura dos esqueletos aflora

A cena está montada

Quem está vivo realmente?

De passado se vive

Os mortos regozijam-se

A dança começa

Cada um busca o par que a vida-morte uniu

Os iguais são tão diferentes

Cada dor,alegria,desejo,vontade,ambição,perda,amor...

São únicos Cada um o sente a sua maneira

Viver é estar abraçado com a Solidão

O depois,ninguém o disse,só se especula,só se quer acreditar...

Amarra-se um barbante na nuvem,sente-se a música e rodopia-se ao vento

O velório da vida prossegue

Renascer : um desafio

Ah,essa música da vida que não para

Ritmos dissonantes cadenciam o coração

Morto

Vivo

Não se sabe...

LÉO VINCEY
Enviado por LÉO VINCEY em 13/06/2013
Código do texto: T4339941
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