Desilusão
(Poesia de Milton Moreira)
A doce certeza, supostamente definida,
desmorona-se às vezes macilenta e cítrica
quando no divã se deita pejada e despida,
submersa ao crivo da claridade analítica.
Há felicidades tolas, mal nascidas...
Criam asas e cores, e partem joviais
em trilhas verdes, sonhos de cristais,
e assumem a coleção de vôos pela vida.
A angústia do amor é trivial.
Constata-se, tudo acabara, afinal;
tudo tivera sido efêmera ilusão!...
Não há graça em abrir os braços,
nem ânimo em mover os passos e,
palmo a palmo, retomar a direção.
(Poesia de Milton Moreira)
A doce certeza, supostamente definida,
desmorona-se às vezes macilenta e cítrica
quando no divã se deita pejada e despida,
submersa ao crivo da claridade analítica.
Há felicidades tolas, mal nascidas...
Criam asas e cores, e partem joviais
em trilhas verdes, sonhos de cristais,
e assumem a coleção de vôos pela vida.
A angústia do amor é trivial.
Constata-se, tudo acabara, afinal;
tudo tivera sido efêmera ilusão!...
Não há graça em abrir os braços,
nem ânimo em mover os passos e,
palmo a palmo, retomar a direção.