COMO A FLOR
(Sócrates Di Lima)
Como a flor,
Branca e bela,
Que se abre em ardor,
Do olhar frio da minha janela..
Olho a beleza deslumbrante,
Nos movimentos curvilíneos dela,
Observo vibrante,
O que a natureza faz com ela.
E assim eu olho minh`alma,
E a vejo em igual teor,
Se reabrindo assim, com calma,
Como quem se abre ao amor.
Como a flor sutil e bela,
Olho então a o meu pensamento agora,
Já me permito a não pensar mais nela,
Fechando a janela e deixando-a ir embora.
Então lá se vai na tarde dela,
Já não mais presa ao verde caule,
Aquela flor branca e bela,
O vento a levou fazendo com que o olhar se cale.
Assim, como a flor que desabrocha,
Se abre e se exterioriza,
O desejo brota na rocha,
E se quebra quando agoniza.
Ah! Como a flor que meu olhar vê,
Parecia uma sentinela de bem querer,
Mas ela representava você,
Que caiu do caule ao vento do entardecer.