DUAS DE MIM
A moça que me habita
Gosta de deixar
a mulher que sou
bonita...
A moça dentro de mim
é que me faz sorrir assim
sem motivo algum
Apenas por viver...
Não tem problema,
nem preocupação
Entrega o coração, mas
depois toma de volta
Vive o hoje, sem amanhã
Vive mais nos sonhos
do que pé no chão
Ela pode sonhar...
É moça arco íris
A mulher que sou
Muito já viveu
Peso dos passos pesados
Passado inconfesso sempre volta
O presente não existe
Nem sabe se terá futuro
A mulher já não sonha mais
Vê a realidade já sem cor
As cores de sua vida ficaram nas
telas penduradas na parede
A sensibilidade ela trouxe junto
e expressa seu viver na poesia
Duas de mim
Que se completam
Se contrapõe
Expõem o que trazem
Dentro de si
Fico na dúvida
Se deixo a moça que me habita
amadurecer
Ou faço a mulher que sou remoçar
(Vera Helena)
Vitória/ES - Em 02/06/2013 -