Poeminha pra não matar um soldadinho de chumbo
Já fiz tocaia pra morte
Perdoei instantes
Ergui coragem pra desistir
Me cuei de raiva
Água ebulindo pra café com sal
Um amargo fugido
Sinto aperto de jibóia
Espero osso roer
Mas nada; até a dor me abandonou
Talvez eu já tenha ido
Resta renascer nalgum par de braços
Que anda por aí já sentindo o peso do meu corpo soprado
Sou apenas um assassino mentiroso
Um réu confesso condenado por falso testemunho