ESTE RIO
Este Rio que em mim corre sem parar,
De águas turvas lamacentas sem ter fim,
Meu corpo jaz inerte, ao luar,
Dentro deste silêncio, de marfim
Nas margens deste Rio que sustento,
Despidas de existência coexistem,
A alma, a vontade, e o desalento,
Que não sei bem porquê, ainda persistem
Este Rio que afunda a minha alma,
Não lava porém a minha dor,
Nem este silêncio mudo, me dá a calma,
Nem a penumbra da tristeza…me dá amor.