SEM TEU AMOR

Procuro a pilha de travesseiros
que há por detrás do roupeiro
e choro tua partida.
É um roupeiro antigo,
tal qual a dor que choro agora.
Como na infância, me esgueiro
para que ninguém perceba a dor.
Bobagem. Em cada ida
levarei medos mensageiros
a relembrar o desabrigo.
Haverá sempre a toda hora
o vazio que ficou sem teu amor.

Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 10/06/2013
Reeditado em 10/06/2013
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