APESAR DOS MEDOS

Nada projeto, porque nada sei.
A verdade me chegará com o trem
que espero às seis da tarde.
A distância entre o que pensei
e o que espero já não me arde.
À menção de sexo, lembro
teu corpo. À menção de adeus
sou dissonância, disfarço.
Resgato as luzes de setembro,
descuidadas, tão diferentes
das que me chegam em março:
íntimas, próprias de um estar bem.
Preocupo-me com o que sentes.
Te amo, apesar de todos meus medos.

Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 10/06/2013
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