MEU ULTIMO BANQUETE

MEU ULTIMO BANQUETE

Talvez seja o meu ultimo banquete,

A negra gata não me deu sorvete.

Perdeu a hora na preguiça da cama,

Jogando o desejo para a lama.

Talvez seja o meu ultimo desjejum,

A gata parda não me fez rir de modo algum.

Criticou-me de um modo cruel na mesa,

Tirando-me o sabor doce da sobremesa.

Talvez seja o meu ultimo café no meu jardim,

Convidei a gata sem raça ao lar mesmo estando ruim.

Queria curtir o meu dia chamado de especial,

Ver filme bobo embaixo da coberta mesmo estando mal.

Talvez seja o meu ultimo dia na fazenda,

Escolhi uma gata para servir a merenda.

Acabei ficando com dores, largado na solidão.

A gata saiu livre para a rua, liberdade é uma tentação.

André Zanarella 10-06-2012

Hoje faço 45 anos passo em casa só e vomitando.

Tentando escrever ao belo, mas o tratamento me deixa fraco.

n.a. Não é série D mas foi escrita em 2012, o primeiro semestre do ano foi algo complicado em minha vida, como não queria preocupar ninguém esperei um ano para publicar.

Atualmente restaram as poesias que eu compartilho com os amigos que frequentam minha escrivaninha.

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 10/06/2013
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