O Fantasma II
Eu estou tão acostumada com as visitas noturnas
Quando mergulho no silêncio e na solidão do meu quarto
No meu mundo de sonhos e desejos íntimos
Estou tão acostumada com o toque gélido
E quase petrificado daquelas mãos sensíveis de nevoa
Complacente demais com todos os efeitos
Que esse amor platônico tem me causado
Sim eu o amo!
O amo da maneira mais egocêntrica, que possa existe.
Em um devaneio mesmo dos iconoclastas
Débil e sonhadora demais
Para aceitar que esse amor não possa nunca mais existir
Talvez até nunca tenha mesmo existido, tudo parece somente fantasia
E eu me atrevo como de forma doentio a crer nesse amor
Sim, sentido única e exclusivamente por mim
Impregnado no fundo do meu ser
Como se ele fosse a minha própria essência
O meu Eu, frágil, louco, egoísta, sensível e sentimental demais.
(Jin Oliveira) Araci - Bahia
1 de Junho de 2013