O BANCO DA PRAÇA
Sentei-me num banco da praça
e fiquei por conta da cidade...
Vim ver a vida que passa
olhando gente, preciosidade!
O casal sentou-se bem perto
abraçadinho parecendo um só
trocando juras de amor por certo
ela chorava muito, dava dó!
Fiquei imaginando as promessas
no fundo, quanta mentira!
Com tudo ele concordava às pressas
e ela, quanta lágrima sentida.
Mais ao longe, u'a mãe sorria
balançando feliz um carrinho
onde um bebê na certa dormia.
Ela feliz, ele ninando calminho.
Pessoas passavam apressadas
levando suas vidas à tiracolo
seguiam em enérgicas passadas
sem parar nunca, nada de colo!
Assim o dia passou voando
fiquei imaginando, quanta graça!
Escureceu, nem me dei conta quando
acabei ficando só, sentada naquela praça!