Lívia Passos, Pensamentos teus tão complexos.

A última carta que te mando

Conta em teus recantos

A breve passagem do amor;

E, volta e meia nada parece mudar

O mesmo cheiro do carpete na cozinha,

O mesmo cheiro de feijão na sala de estar;

E que lindo, são o som dos teus passos a zanzar,

Com olhinhos discretos

Zanzando, procurando, xeretando

Uma canção para cantar

E que saudade insuportável essa que agora quer me devorar

Veni, vidi, vinci;

A cada nova palavra, uma nova interpretação;

Veni, vidi, vinci;

Plantas num aquário não sabem como é o fundo do mar,

E o erro de estarmos apaixonados

É pensarmos que nossos pensamentos estão em segredo,

Quando na verdade estão em sintonia,

Não em sintonia com alguém,

E sim, em sintonia com a natureza;

Somos filhos perdidos, Procurando pistas escondidas

Vagando Perdidos na leal terra das improvisações

Num tipo obscuro e irracional de ambição

Imersos num projeto de submundo,

Vivendo num mundo onde estamos divididos entre corvos e dragões;

Tendo como egoísmo esse o de amar apenas o dia

sabendo que é na escura e gélida noite

Que sonhos são formados e neles encontramos provisões;

Somos filhos de Jasão!

Somos filhos de Esaú!

Encontramos morada na surdina, oh Glória!

Mas que pena termos que vagar pelo mar do grande Egeu;

Somos filhos perdidos, Vagando Perdidos na leal terra das improvisações.

Num tipo obscuro e irracional de ambição

Vivendo num mundo onde estamos divididos entre corvos e dragões.

Carlos Henrique de Azevedo e Letícia Labôre
Enviado por Carlos Henrique de Azevedo em 06/06/2013
Reeditado em 08/06/2013
Código do texto: T4328802
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