Fé e coragem, amigo!
Ontem (e hoje), estive pensando na vida, no amor!
Começo a pensar como Manoel de Barros: quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas, é de poesia que estão falando.
Este esboço de poema não é para compreender, mas para incorporar. Entendê-lo é ser parede. Procure ser árvore, porque o mundo não foi feito em alfabeto. Senão que primeiro em água e luz. Depois, árvore.
Tal qual Manoel de Barros, fui criado no mato (eu, no riacho Barbatão) e aprendi a gostar das coisinhas do chão, antes que das coisas celestiais. Como Manuel Bandeira, quero a delicia de poder sentir as coisas mais simples.
O amor, em Fernando Pessoa, aquele que não se conjuga no passado, ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente. Pois, hipocrisia é arte de exigir dos outros aquilo que não se pratica.
Se fizer o que sempre fez, conseguirá o que sempre conseguiu. Portanto, nada muda se você não mudar, como diria Leila Navarro.
No caminho tinha uma pedra... retire-a, assim como em Drummond, pois o êxito da vida não de mede por aquilo conquistado, mas pelas dificuldades superadas no caminho... que caminho? O de Abraham Lincoln... Haja pedra!
Isso me lembra Cecília Meireles: qualquer um pode amar uma rosa, mas é preciso um grande coração para incluir os espinhos. Acerca disso, José Saramago: o difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreendê-las.
Crer é importante, mas suas crenças não fazem de você uma pessoa melhor, seu comportamento faz.
Mire-se nos ensinamentos de Mahatma Gandhi: não tente adivinhar o que as pessoas pensam a seu respeito. Faça a sua parte e se doe sem medo, pois importa mesmo o que você é, ainda que outros não se importem. Atitudes simples podem melhorar sua vida. Não julgue para não ser julgado. Demonstrar o amor, privilégio dos corajosos.
Pense como Chico Xavier. Não planeje a infelicidade dos outros... estaria cavando com as próprias mãos um abismo para si mesmo.
Precisar dominar os outros é precisar dos outros. Ser mandão é ser dependente, diria Fernando Pessoa. O silêncio é a única resposta que se deve dar aos tolos. Onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites. Não seja tolo, tampouco venere as correntes que te prendem. Liberte-se, como quer Voltaire.
Diria Carl Gustav Jung: quem olha pra fora sonha; quem olha pra dentro desperta.
Então, sê seletivo em suas batalhas. Às vezes, estar em paz é melhor que estar certo.
Quem anda no trilho é trem de ferro... sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito, no acerto de Manoel de Barros.
Faça como Eugene Cernan, sonhe com o impossível, siga nesse caminho. O tempo e o “foda-se” não são únicas soluções pra tudo nessa vida! Vá lá e faça com que o impossível aconteça. Comece bem, persista na caminhada e não desista, nunca. É graça de Dom Hélder Câmara.
Pois a imaginação, assim como em Manoel de Barros, não tem estrada. Eu não gosto da estrada. Gosto do desvio e do desver. Tenho em mim todos os sonhos do mundo, assim como Fernando Pessoa, porque, pra viajar basta existir.
O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela. Sentir é criar e pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o universo não tem ideias (Fernando Pessoa).
O poeta, fingidor inocente, não consegue fingir que é amor o amor que deveras sente... ou quase, diria Fernando Pessoa. Assim, tá bom morrer de amor e continuar vivendo, como em Mário Quintana.
Não tenho a alma pequena... pra mim, tudo vale, simplesmente, bem a Fernando Pessoa.
A vida esquenta e esfria, aperta daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem... de Guimarães Rosa.