SONETO DA ESPERA

Como ocultar que a vida está suspensa para nós!?

Que se faz presente no infinito da memória?

No entanto,criou-se um silêncio - solene e frio

Silêncio de prisão,dúvidas solidão.

Ah, quem dera pudesse eu agora

Retirar os suspiros que me prendem,ir embora!

Abrir as portas...sair da gaiola.

Rasgar o silêncio,desta hora!

Ah, quem dera ser eu jardineiro

Prá plantar azaléias e girassóis

Em nossos canteiros!

Ah, quem dera saber eu rezar

Para pedir aos céus clemência de tanto esperar

E ter-te para sempre como altar!

lisbella
Enviado por lisbella em 17/08/2005
Código do texto: T43253