SONETO DA ESPERA
Como ocultar que a vida está suspensa para nós!?
Que se faz presente no infinito da memória?
No entanto,criou-se um silêncio - solene e frio
Silêncio de prisão,dúvidas solidão.
Ah, quem dera pudesse eu agora
Retirar os suspiros que me prendem,ir embora!
Abrir as portas...sair da gaiola.
Rasgar o silêncio,desta hora!
Ah, quem dera ser eu jardineiro
Prá plantar azaléias e girassóis
Em nossos canteiros!
Ah, quem dera saber eu rezar
Para pedir aos céus clemência de tanto esperar
E ter-te para sempre como altar!