muro
teu beijo me leva a cumeeira dos
sentidos, o teu grelo me
fala com minhas mãos,
e o teu
peito,
assassina minha língua
e do teu abismo
sou um intimo irmão
e da tua mordida
eu acordo noutro bairro
na varanda viva da carne
e nunca mais eu volto
ao muro que antes morava