Nem Plural,nem Gullar
Não sou uma garota ordinária!
Não tenho carne, nem lembranças.
Nem esqueço de meus ossos
Quando se tem asas ,não precisa andar de avião ou pau-de-arara.
Eu sou uma pétala , sem medos, sem herança.
Ninguém conhece meu estilo, Ninguém sabe meu endereço.
Por acaso o acaso saiba o meu destino
A poesia não é rara!
A poesia está em todos os lugares
Nadando em rios, em mares.
Comove quem sente!
Comove quem indaga!
Quem nasceu primeiro?
O poeta ou a poesia?
O poeta! Seco, sozinho, adormecido.
Em sono tiraram uma de suas costelas e nasceu a poesia
Por isso repito:
Não sou uma garota ordinária!
Não sou uma garota comum!
Comum, só o zíper que me fecha.
Somos todas e todos diferentes, Somos todos incomuns.
Somos todos invisíveis, Somos a costela!
Somos a constelação!